Casa Inteligente
o futuro automatizado – ficção ou realidade
Quem acompanhou as visões que a ficção literária e cinematográfica das décadas de 1950 e 1960 fazia do futuro automatizado
tem razão para se decepcionar com a falta de robôs domésticos, de carros voadores e de computadores inteligentes, pois
atualmente embora não estejamos morando em estações espaciais e usando tele-transporte para evitar congestionamentos, já
é possível criar a cena desejada pelo morador de uma residência, através do controle da iluminação, música, home theater e outras
variáveis. Equipamentos como esses já estão disponíveis no mercado, mas por enquanto ainda inacessíveis para boa parte
da população. Apesar disso, é possível construir coisas realmente fantásticas com a tecnologia disponível nos dias de hoje.
o surgimento da automação residencial
Nos Estados Unidos existe o Protocolo X-10. Um protocolo de automação residencial bastante difundido por lá cujos sinais
para os módulos de controle trafegam na rede elétrica das residências. Isso torna sua instalação extremamente simples e os
módulos podem ser vendidos em supermercados e lojas de departamento. Entretanto esse protocolo apresenta um custo
elevado de implementação que inviabiliza sua utilização em larga escala.
A demanda por automação residencial e predial é cada vez maior. E se faz presente em sistemas de circuito fechado de TV, iluminação
baseada em sensores de presença e portões automáticos. Coisas corriqueiras, mas esses dispositivos ainda funcionam
isolados, sem integração e controle global. No futuro próximo, haverá a integração de todos os sistemas, com a captação de todas
as informações isoladas e, assim, será possível um intercâmbio e monitoramento em escala global.
Para a automação residencial o mercado é diferente. Só agora é que se percebe que ter uma casa automatizada, ou casa
inteligente, não é algo apenas para alguém muito rico ou para um futuro distante.
a realidade brasileira
Num país como o Brasil, com milhões de pessoas morando em favelas, falar em automação residencial não faz sentido. Mas
também é verdade que o público-alvo do tipo de produto que esse mercado atinge, vem se tornando cada vez maior, com
custos mais acessíveis. Boa parte dos produtos de micro-eletrônica ainda está limitado a oferecer conforto e status, mas
muitas vezes trata-se de investimento na melhoria da qualidade de vida, além de contemplar aspectos relativos à segurança
residencial e predial. Em larga escala, há projetos de controle de instalações prediais de grande porte, para hospitais públicos
e postos de saúde, prefeituras, distritos residenciais, escolas, prédios públicos e condomínios residenciais.
ta refas automati zadas em edifícios e residências
Normalmente em edifícios automatiza-se o sistema de iluminação (que pode ser ligado e desligado pela percepção de presença
ou pela iluminação natural), o sistema de climatização, elevadores, o circuito fechado de TV, o controle de acesso e os
sistemas de segurança patrimonial. Controla-se ainda a demanda de energia elétrica, irrigação de jardins, áreas sociais (piscinas,
salões e quadras esportivas), monitoramento de gases como dióxido de carbono e GLP, além de detecção e controle
de incêndio. Em residências pode se fazer tudo o que se faz em um edifício, mas de forma personalizada. A automatização
está presente na abertura e fechamento de janelas e cortinas, home theaters, comedouros de animais, banheiras de hidromassagem,
distribuição de áudio e vídeo conforme a conveniência dos moradores. No quesito de automação residencial,
como tudo pode ser personalizado, o céu certamente é o limite.
a tendência da automação residencial para os próximos anos
Tendo em vista o aumento da criminalidade e da deliquência nos últimos anos, a implementação de sistemas dirigidos à área de
segurança são cada vez mais comuns. Este modelo de automação voltado à segurança começou há tempos atrás com o advento
dos interfones e portões eletrônicos e, mais recentemente, com os circuitos fechados de TV e cercas elétricas.