frança - brasil
quai branly, um museu do século 21
Na margem esquerda do Sena, à sombra da Torre
Eiffel e não muito distante do D`Orsay, um museu
de arquitetura genial estimula a compreensão
entre os homens e dialoga com as artes da África,
Oceania, Ásia e Américas.
Paris (é verdade Betty Milan!) não acaba nunca... Desde
2006, a cidade agregou à sua beleza clássica mais uma
ousadia de Jean Nouvel, autor também do Instituto do
Mundo Árabe e da Fundação Cartier, e por essas e outras
o arquiteto levou o Prêmio Pritzker 2008. Instigante nas
formas, nos materiais explícitos da arquitetura e nos volumes
coloridos que se sobressaem na fachada, o Branly
conjuga quatro edifícios interligados por passarelas, em um
terreno de 39 mil m².
Foto: Lois Lammerhuber Foto: Nicolas Borel
As caixas cenográficas coloridas
chamam a atenção na
clássica paisagem da arquitetura
parisiense. “Le mur végétal”
é outra atração na fachada do
Branly. E à noite, um show de
luzes rouba a cena, com o trabalho
artístico de luminotécnica
de Yann Kersalé.
Há quem ame e quem odeie, mas um dos pontos de atração
da obra é o “le mur végétal”do pesquisador e botânico
Patrick Blanc, especialista em plantas tropicais. São 800
m2 de fachada recobertos por mais de 15 mil plantas de
150 espécies diferentes, vindas do Japão, China, Estados
Unidos e Europa central. Este respiro de biodiversidade na
urbanidade parisiense não fica só na fachada. Uma larga
passarela, entre mais de uma centena de árvores, integra o
jardim de 18 mil m2, no ousado paisagismo de Gilles Clément,
outro mestre, que faz parceria artística com Nouvel,
revelada especialmente na imensa superfície em vidro serigrafado
em um dos espaços de circulação do Quai Branly.
Foto: Nicolas Borel
Foto: Nicolas Borel