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Nesta outra visão do living, à esquerda, integração do estar com a sala de jantar, definida com piso em madeira tipo cumaru, da Indusparquet. A tela Nua e
Crua (2002) de Fábio Cardoso de Almeida, em 2.20 x 1.80 m, da Galeria Nara Roesler, completa o ambiente, junto ao mobiliário da Dpot (mesa em resina
de poliéster e cadeiras Smart, revestidas em couro ecológico). No estar, poltronas da Micasa: Tulipa e Punta (em seda listrada, da Empório Beraldin), junto à
luminária branca da Puntoluce. Na sala de TV (acima, foto maior), o capricho da marcenaria Cristina Lomonaco se sobressai e faz estilo no revestimento de
perobinha em uma das paredes e no móvel multiuso. Sofá, Dpot. É da STJ a estrutura pivotante em aço inox, que sustenta a TV. Da Nara Roesler, gravura
de Shirley Paes Leme (2000), 1.17 x 0,60 m. Acima, à direita, design com requinte diferenciado sobre a mesa de jantar: luminária Pistillo, da Puntoluce.
No Alto de Pinheiros, em São Paulo, este apartamento planejado
para um jovem casal e seus dois filhos pequenos pode ser
considerado a tradução do contemporâneo em livre criação.
Em total sintonia com as arquitetas, os proprietários apostaram
no desejo de morar em espaços amplos, integrados,
definidos numa linguagem explicitamente atual. Mas que privilegiasse
o bem-estar. A partir daí as arquitetas sentiram-se
livres para, entre outras intervenções, inverter o sentido do
home theater “para assegurar à família mobilidade e acesso
à TV giratória de todos os pontos do apartamento”, ressalta
Adriana Parente, que completa: “Apesar disso, cada ambiente
não deixou de ter seu espaço bem definido. No estar, uma
solução que personalizou a proposta foi a escolha de portas
amplas na comunicação com o terraço, que vai de lado a lado
do apartamento. Além de favorecer a liberdade de circulação,
as aberturas deixam a luz natural entrar em abundância.”
Vale notar: ainda no estar, destaca-se uma grande “parede
painel’’, resolvida com réguas de perobinha de demolição,
material que não só aqueceu o visual como também impôs um
diferencial, determinando uma certa linearidade ao espaço.
São as arquitetas que concluem: “A escolha de todo material
foi feita com precisão, passo a passo, objetivando o máximo
conforto com toques de um colorido suave e, ao mesmo tempo,
sóbrio. Sem excessos, com vazios intencionais nas áreas
de circulação, o equilíbrio domina todo o conjunto – justamente
o que queríamos alcançar neste projeto.” K