projetos escritórios advocacia
mattos filho, veiga
filho, marrey jr e
quiroga advogados
O antigo prédio residencial dos anos 1950 – localizado na
esquina da Avenida Paulista com a Joaquim Eugênio de
Lima – necessitou de um retrofit completo de suas áreas
internas para receber o escritório em oito de seus andares
com um total de aproximadamente 3 mil m². Uma grande
reestruturação no ano de 2004 adequou os pisos e o hall
social que interliga as duas garagens do edifício para
áreas de escritório e recebimento de clientes. Esse planejamento
foi realizado pelo arquiteto Kiko Salomão – que
projetou as áreas sociais – e o arquiteto Mauro Pucci, que
executou a parte do staff. “A Savoy, que é proprietária do
edifício, já havia feito um retrofit externo, mas quando chegamos,
tivemos que fazer uma demolição muito grande
porque tinha muita coisa antiga, pois os escritórios que
funcionavam anteriormente no local tinham feito apenas
pequenas adaptações, alguns deles usavam os armários
de alvenaria da época dos apartamentos. Tivemos que
criar toda a rede de comunicação, ar-condicionado e fazer
um planejamento para o prédio funcionar, revela o arquiteto
Mauro Pucci.
O espaço para reuniões ocupava anteriormente um andar,
mas o pavimento logo acima foi locado e algumas
adaptações tiveram que ser realizadas. O restaurante do
8º andar, por exemplo, foi aumentado e teve a cozinha interligada
com a nova copa do outro piso por meio de um
monta-cargas. “Essa solução otimizou o espaço ao invés
de apenas reproduzir a copa e cozinha do oitavo no nono
andar. Então, a despensa, os banheiros dos funcionários
da cozinha e a área de lavagem subiram para dar mais
espaço ao pavimento inferior que possui mais demanda
de alimentação”, diz Pucci. Já nos andares operacionais, a
iluminação natural não pôde ser muito explorada devido
ao tamanho das janelas e a divisão de salas também se
diferencia dos demais escritórios, devido à estrutura do
prédio. Além dos advogados, os estagiários também ficam
em salas agrupados entre quatro e seis pessoas, apenas
alguns deles ficam em baias. Um andar destinado aos funcionários,
com aproximadamente 400 m² -- chamado de fun
floor – está sendo desenvolvido. A intenção é transformar
uma área anteriormente destinada apenas para alimentação
em ponto de encontro. “Isso minimiza um problema difícil
de resolver com a arquitetura, que é a falta de integração. O
escritório tem 600 funcionários e é muito hierarquizado, então
as pessoas acabam não se conhecendo e essa será uma
área de confraternização, para unificar e dar um espírito de
equipe”, explica o arquiteto.
A biblioteca e uma das salas
de reuniões do escritório
Mattos Filho, Veiga Filho,
Marrey Jr e Quiroga Advogados:
cores sóbrias e
iluminação planejada que
garantem conforto ambiental
e concentração
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hall de entrada
O ambiente se sobressai não só
pela beleza, mas também pelo resultado
e complexidade do projeto.
O partido foi baseado na arquitetura
do próprio prédio, com uma
linguagem mais clássica mesclada
com o moderno. “O hall que interligava
as duas garagens era muito
escuro e fechado. Apresentamos
um projeto para cortar a laje para a
colocação de uma clarabóia clássica
de onde procederia a iluminação
natural. O hall foi revestido com
mármore, com os guarda-corpos
das escadas incrustados na pedra e
plantamos uma árvore no meio do
espaço. O ambiente que era escuro
e mal utilizado acabou se tornando
o mais bonito do escritório”, diz o
arquiteto Kiko Salomão.
fotos Alain Brugier