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Uma recepção clara, graças ao uso do vidro transparente,
é a primeira imagem que se tem desse escritório planejado
em 2007 pelo escritório Athié Wohnrath Associados
em parceria com Reinach Mendonça. “A associação foi
sugerida pelo próprio cliente. Os dois foram chamados
para apresentar uma proposta separadamente, como
concorrentes, mas eles sentiram que teriam maior ganho
se ambos trabalhassem no projeto”, afirma o arquiteto
Maurício Mendonça sócio do Reinach Mendonça Arquitetos
Associados. Dentro do projeto, havia a preocupação
em se obter um visual contemporâneo para marcar bem a
nova imagem do escritório que acompanharia a mudança
da sede para o E-tower, na rua Funchal, na capital paulista.
“Precisávamos de uma sede mais ampla, moderna e com
melhor aproveitamento de espaço. Priorizamos as áreas
comuns em detrimento das áreas pessoais para acomodar
todos os advogados. Queríamos um ambiente leve e
com materiais atuais”, afirma o advogado Cássio Namur,
encarregado pela comunicação do escritório, que acompanhou
o projeto juntamente com os sócios.
O pavimento do meio foi destinado para as salas de reunião
que precisavam ser amplas e confortáveis, pois alguns
encontros podem demorar muitas horas. “Às vezes
começamos com um café da manhã e vamos até o jantar.
Já chegamos a virar a madrugada aqui, por isso temos
uma cozinha ampla já preparada, embora não seja
industrial. Quando sabemos que isso vai acontecer, normalmente
contratamos um bufê para providenciar tudo”,
diz Celso Namur. As áreas operacionais seguiram um padrão
fixo com salas, baias, copas e centrais copiadoras,
que foram distribuídas com a intenção de evitar circulação
desnecessária pelo escritório. “As salas de advogados
ocupam sempre o perímetro dos andares, enquanto
estagiários e secretárias distribuem-se ao redor do core.
souza, cescon
avedissian, barrieu
e flesch advogados
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Foto Andrés Otero
vão livre
Os três andares de 800m²
são interligados por dois
lances de escada de vidro em
um vão livre – de pé direito
triplo – localizado em frente às
grandes janelas do prédio. No
piso inferior, dentro da área
de visão proporcionada pelo
vão, avista-se a biblioteca e no
pavimento superior, as paredes
envidraçadas da sala de
convivência alinham-se com
o espaço aberto. “A primeira
coisa que precisávamos definir
era como organizar circulações
para que o escritório ficasse
o mais integrado possível. A
decisão principal foi rasgar a
laje e nesse momento decidimos
que o pavimento do meio
seria de reuniões para que se
criasse aquele grande átrio, de
forma que desse para quem
entra no edifício a exata noção
do tamanho do escritório”,
declara Maurício Mendonça. O
próprio vão livre e as escadas
foram baseadas em algumas
sugestões dos sócios que queriam
ligar a transparência do
vidro com a idéia de justiça. A
entrada – localizada no andar
intermediário – tornou-se
um local de impacto, onde o
exterior marca forte presença
no interior do escritório
através das grandes janelas
dos andares. Além disso, a
escolha não foi apenas estética,
mas também funcional.
“Como esse é um andar para
receber clientes e também
das salas de reuniões, fica um
andar de fácil acesso para
os pavimentos tanto inferior
como superior, onde ficam os
advogados. Então, todos tem
apenas um pavimento acima
ou abaixo para se deslocar”,
explica Mendonça.