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Itália busca ajuda para restaurar Coliseu

Restauração do Coliseu

Itália busca ajuda do setor privado para restaurar o Coliseu

Enquanto o Coliseu de Roma literalmente se desfaz devido à falta de manutenção e cuidados, o governo italiano, carente de recursos, procura no setor privado patrocinadores que ajudem a financiar os trabalhos de restauração, em troca de direitos de publicidade.

O grande anfiteatro romano que abrigava espetáculos públicos sangrentos, incluindo combates entre gladiadores, encenações de batalhas marítimas e espetáculos com animais, é um dos monumentos mais famosos da antiguidade.

Mas ele vem se deteriorando gravemente nos últimos anos e, hoje, apenas 35 por cento da estrutura está aberta à visitação pública.

A urgência do estado em que se encontra esse tesouro arqueológico da capital italiana ganhou destaque em maio, quando pedaços de argamassa desabaram, caindo por uma rede protetora.

Uma série de desabamentos no vizinho fórum romano também suscitou receios quanto à segurança dos visitantes e a possibilidade de as construções continuarem em pé por muito tempo ainda. 

Estado caótico

Contudo, a situação precária das finanças públicas na Itália, um dos países mais endividados da Europa, significa que faltam recursos e que o governo está tendo de buscar investidores privados para cobrir 25 milhões de euros (32 milhões de dólares) que faltam para a realização das obras.

Pelo projeto de restauração, os visitantes poderão fazer passeios multimídia por áreas relativamente inexploradas, desde o labirinto de cômodos subterrâneos onde eram mantidos os gladiadores e os animais selvagens até os terraços mais altos, com suas vistas espetaculares.

É a primeira vez na Itália em que serão buscados patrocinadores privados para um projeto de restauração em escala tão grande.

Com anúncios a serem publicados nos principais jornais internacionais a partir da próxima semana, os organizadores esperam obter financiamento no prazo de um ano para realizar as obras no anfiteatro, cuja construção foi concluída no ano 80 d.C..

Será uma tarefa complexa: o Coliseu continuará aberto aos visitantes enquanto cada setor é restaurado, um a um, mas o governo espera que o modelo adotado também ajude a financiar a manutenção de outras partes do rico patrimônio histórico-cultural do país (por Ella Ide), Agência Reuters.