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Entrevista: Dan Mabe

Dan Mabe, artista plástico paulistano de 25 anos, possui um estilo contemporâneo, e, apesar da pouca idade, já expôs no International Artexpo New York, no Jacob Javits Convention Center; em Portugal na Universidade Nova de Lisboa; na Casa do Brasil e Casa da América Latina com o projeto "Panorama Brasil em Movimento" – apresentou o mesmo trabalho também no King’s College da Inglaterra, em Frankfurt na Alemanha no Consulado Geral do Brasil e no VHS (Volkshoshule Frankfurt). Também já teve seus quadros em mostra na galeria Pure Evil de Londres.

Sua primeira exposição individual foi em 2011 sob o título "Sonho Urbano" na Joh Mabe Espaço Arte & Cultura em São Paulo. Neste ano seu trabalho é visto em uma exposição que leva o nome do artista na galeria 11.16 em Campinas.

A veia artística da família Mabe parece ter um papel importante na trajetória do pintor. Dan é neto de ninguém menos que Manabu Mabe e sobrinho de Yugo Mabe. Abaixo o artista responde perguntas e mostra seus trabalhos mais recentes.



Desde quando você pinta e quando foi a sua primeira exposição?

Eu comecei a pintar muito cedo, em casa sempre tive apoio da minha família, dos meus pais principalmente. Sempre gostei muito de pintar. Meu primeiro quadro foi feito quando eu tinha 6 anos, e tenho ele guardado até hoje como recordação. Minha primeira exposição foi aos 12 anos em 1999 no Salão Bunkyo de Arte Contemporânea, nessa exposição minha obra foi premiada.

Você tem um estilo muito diferente do seu avô, no que vocês se assemelham e no que diferem, artisticamente? Você é influenciado por ele?

Acredito que o estilo das pinturas do meu avô é muito diferente do meu pelo fato de sermos pessoas diferentes. Ele viveu em uma época diferente da minha, e eu busquei outras referências para o meu trabalho. Os trabalhos mais consagrados dele são pinturas abstracionistas, e a minha linha de trabalho é mais figurativa.

Uma semelhança em nossos trabalhos é a forma de utilizar a cor. Uso cores quentes e que contrastam bastante entre si, também gosto de trabalhar em alguns quadros com texturas de camadas de tintas. Acredito que, pelo fato de crescer vendo os trabalhos do meu avô, isso tenha me influenciado naturalmente.

Seu estilo é muito contemporâneo, inspirado fortemente no graffiti; quais são as suas influências? Você acompanha o que anda sendo feito no Brasil nesta área?

Meu estilo, além de ser fortemente influenciado pelo graffiti, também tem influência nos artistas modernistas brasileiros, no muralismo mexicano e na pop-art. Estou sempre de olho no que vem sendo feito nas ruas de São Paulo.

Apesar de estar ainda no começo de sua carreira, você nota uma evolução nos seus quadros? Como?

Sim eu vejo uma evolução nos meus quadros, estou sempre me aprimorando tecnicamente. Hoje vejo que tenho mais domínio sobre o material que eu trabalho do que tinha anos atrás.


Atualmente, quem você mais admira no país?

Atualmente dentro no Brasil vejo muitos artistas bons, mas os que mais admiro o trabalho são: Os Gemeos, Hebert Baglione, Walter Nomura "Tinho" e o Titi Freak.