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Artista urbano

 

Paulo Govêa, despido de rótulos, busca na arte sua evolução.

POR JÉSSICA FERRARA

Artista urbano

Com 37 anos, o paulista Paulo Govêa cresceu em meio às pinturas de sua mãe. O ritual de domingo era acompanhá-la até a Praça da República para expor os quadros. Aos 16 anos, começou a arriscar alguns traços sem nenhuma intenção profissional para então assumir a arte como carreira.

Artista multimídia e apaixonado pela arte urbana, Paulo produz, além de telas e murais, curtas em animação Stop-motion e Pixelation. Seu trabalho explora personagens singulares tomando rumos diversos, questionando o mundo das artes e a vida contemporânea. “Na maioria das vezes me inspiro em temas do dia a dia, questões atuais que me incomodam ou me agradam, procurando sempre passar uma mensagem subliminar dentro do universo lúdico que é o meu trabalho”, explica o artista plástico que trabalha com uma técnica mista, usando tintas acrílicas e sprays sobre qualquer superfície, tanto em muros quanto em telas.

Artista urbano

Tem como referência para seu trabalho a literatura, a música, as ruas, as artes plásticas e os amigos que tanto admira. “Uma vez fui pintar uma amiga e quando a desenhei, a cabeça ficou um pouco grande e triangular. Ela viu o desenho, adorou e pediu para eu finalizar a tela como estava. Gostei do resultado final e comecei a seguir essa linha, passando a aumentar os olhos, lapidando a cabeça, e chegando nesse meu estilo de hoje”, conta Paulo sobre o acaso que criou a marca registrada em suas obras: a cabeça em forma de triângulo.

Artista urbano

Paulo Gouvêa que utiliza como tela, muitas vezes, os muros das ruas, conta que usando a cidade como suporte, o artista alcança um número maior de espectadores: “É muito interessante essa comunicação simples em bairros mais afastados. As pessoas que não tem tanto contato com museus, galerias e arte em geral passam a ter, tornando assim a arte um pouco mais democrática”. Além disso, seu trabalho tem se destacado através de exposições individuais e coletivas no Brasil e no mundo, como a pintura mural no Museu de Santa Catarina (MASC); a intervenção na arquitetura da Pinacoteca de São Paulo; a exposição no Museu de Arte Moderna de Chiloé no Chile; e recentemente, a ilustração da fachada da Casa Cor SC, com um trabalho recheado de listras e cores.

Artista urbano

Para fechar com chave de ouro, a KAZA perguntou ao artista urbano qual era a sua obra preferida e o porquê. Paulo Gouvêa assumiu que sua preferência depende muito do seu estado de espírito, a sua obra favorita é uma hoje e amanhã já pode ser outra: “Varia muito, mas no momento estou gostando bastante dessa que se chama 'Mente Aberta'. Como estou em um processo de transição, essa obra tem muito do caminho que venho buscando”.

Facebook:facebook.com/artepaulogovea Website: paulogovea.com

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