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BANHEIRÃO SOCIAL

 

A exemplo do que aconteceu com as cozinhas no último século, banheiros tendem a uma evolução híbrida. Na prancheta de Mauríco Arruda, o futuro do spa privé é uma realidade mais do que tangível

POR ALLEX COLONTONIO  /  STYLING RICA BENOZZATI  /  FOTOS ALEXANDRE PIRANI 

BANHEIRÃO SOCIAL

Arquiteto, designer, artista, pensador e articulador da nova casa brasileira, Maurício Arruda é um dos caras mais antenados da sua geração – e de outras que vieram antes dele, inclusive. Numa época em que a integração dos espaços ganha força e as áreas de convivência quebram cada vez mais barreiras – e paredes –, como aconteceu com o culto gourmet e a alta das cozinhas enquanto elemento social aglutinador, o banheiro, para ele, tem potencial para ser muito mais do que uma zona encarcerada pelas funções elementares que definiram o cômodo até hoje.  "A integração da sala de banho com o restante da casa é a próxima barreira que precisamos transpor dentro do conceito de casa integrada e flexível. É claro que iremos separar as atividades do banheiro em diferentes espaços mais e menos privados. Em geral, as pessoas passarão mais tempo nas salas de banho, se esse espaço estiver mais integrado com outras atividades, como, por exemplo, relaxar, ler, cuidar do corpo, esportes indoor e porque não, receber pessoas. Minha ideia foi levar para o verão um Kontainer que não falasse apenas do culto ao corpo, mas também sobre a mente e ao espírito. Essa é a filosofia do Mahamudra – um estilo de vida mais do que uma simples dieta ou um "projeto verão", explica. 

O discurso de Maurício se materializa numa zona compacta de relaxamento, que convida à prática de esportes, a uma dieta mais saudável e aos cuidados básicos com a beleza, tudo ao mesmo tempo, sem segregação espacial. De um lado, geladeira, bancada para o preparo de alguns alimentos e poltrona de leitura; do outro, espreguiçadeira, banheira e uma intenção esportiva representada pelo surfe e o ciclismo. Tudo amarrado pela plástica de um esteta que, realmente, sabe o que está falando – e arquitetando, aliás.

Sobre a cultura tibetana do Mahamudra, à qual Maurício se refere, Cesar Curti, o modelo-treinador que planta bananeira nessas páginas, explica: “Depois de sete anos morando na Ásia, conheci e a trouxe para o Brasil. Mahamudra é um estilo de vida com base nos pilares espirituais, mentais e corporais. Nos nossos encontros colocamos em prática um método de treinamento que exercita essas três categorias”, explica.

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