Revista Kaza Ano 12 Número 128 - Janeiro 2014
32 Kaza janeiro 2014
moda – 2 páginas
consumo: à moda da kaza
Cor sim, cor não
O navy, padrão de listras oficial de todos os verões, ressurge na casa
e no guarda-roupas com ares (quase) novidadeiros
Houve um tempo em que vestir
listras era considerado
heresia. Isso mesmo, punível,
até, com pena de morte.
Exagero? Hoje, sim. À época,
não: o olho medieval estava
condicionado a entender somente as
relações bem claras e estabelecidas. As
listras eram, portanto, subversão. Afinal,
qual seria a cor de fundo, e qual a de
frente? Em muitas pinturas daqueles
tempos, inclusive, o próprio tinhoso era
retratado usando roupas listradas: assim
como prostitutas, palhaços, prisioneiros,
marinheiros e outros “malditos”. Da
série o tempo cura tudo, a sociedade se
encarregou de derrubar esse tabu. Nos
anos 1920, mademoiselle Chanel acionou
uma de suas revoluções: roupas listradas
para o dia, e para elas. O mundo
corporativo também se apropriou da
padronagem, e a converteu de
incontáveis maneiras, como a
chiquérrima risca-de-giz. Nos anos 1990,
foi a vez de Marc Jacobs e Tom Ford
refazerem o tabuleiro com listras que
entraram para a história (da moda). Na
mais recente temporada de verão 2013,
a dupla Domenico Dolce & Stefano
Gabbana olhou para sua Itália al mare
para materializar um dos desfiles mais
belos da marca, com pencas de listras
em todas as formas, cores e tamanhos.
Um clima de festa em família italiana, à
beira-mar, como manda a etiqueta navy.
No décor, a metáfora é a mesma: o bom
e velho padrão de cor sim, cor não, cai
bem em qualquer estilo. KAZA pinçou
algumas versões da modinha eterna, que
ainda promete sacudir muitos verões.
Dolce&Gabbana, verão 2013
Por André Rodrigues
6
4
3
2
5
1
t By Kamy, Breton e Casual
Foto luminária Thiago mangialardo
KAZA JAneiro 2014 33
DoSe DupLA
1. Luminária Tereza,
tela de plástico, design
Maurício Arruda,
mauricioarruda.net
2. Pufe grande de
algodão misto, 6f,
esthergiobbi.com.br
3. Pratos de
porcelana listrados,
tokstok.com.br
4. Poltrona Artesania,
lojateo.com.br
5. Coleção Híbridos,
design Jose Marton,
alledesign.com.br
6. La Mamma Chair,
design Gaetano Pesce
para B&B Italia,
casualmoveis.com.br
7. Apoio de talheres de
porcelana pintada,
Richards Casa,
galerianacional.com.br
8. Pendente Aunt
Jane, design Marc
Sadler, Serralunga,
mixtapedesign.com.br
9. Sofá EJ 315, design
Erik Jorgensen,
danishdesign.com.br
10. Pote de cerâmica,
breton.com.br
11. Linha de utensílios
Mormor, de porcelana,
scandinavia-designs.com
12. Tapete Kilim Stripes
Blue, bykamy.com.br
13. Luminária Disco,
emporiovermeil.com.br
14. Luminária Shogun
Tavolo, design Mario
Botta, wallamps.com.br
13
14
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Dolce&Gabbana, verão 2013
Revista Kaza Ano 12 Número 128 - Janeiro 2014
32 Kaza janeiro 2014
moda – 2 páginas
consumo: à moda da kaza
Cor sim, cor não
O navy, padrão de listras oficial de todos os verões, ressurge na casa
e no guarda-roupas com ares (quase) novidadeiros
Houve um tempo em que vestir
listras era considerado
heresia. Isso mesmo, punível,
até, com pena de morte.
Exagero? Hoje, sim. À época,
não: o olho medieval estava
condicionado a entender somente as
relações bem claras e estabelecidas. As
listras eram, portanto, subversão. Afinal,
qual seria a cor de fundo, e qual a de
frente? Em muitas pinturas daqueles
tempos, inclusive, o próprio tinhoso era
retratado usando roupas listradas: assim
como prostitutas, palhaços, prisioneiros,
marinheiros e outros “malditos”. Da
série o tempo cura tudo, a sociedade se
encarregou de derrubar esse tabu. Nos
anos 1920, mademoiselle Chanel acionou
uma de suas revoluções: roupas listradas
para o dia, e para elas. O mundo
corporativo também se apropriou da
padronagem, e a converteu de
incontáveis maneiras, como a
chiquérrima risca-de-giz. Nos anos 1990,
foi a vez de Marc Jacobs e Tom Ford
refazerem o tabuleiro com listras que
entraram para a história (da moda). Na
mais recente temporada de verão 2013,
a dupla Domenico Dolce & Stefano
Gabbana olhou para sua Itália al mare
para materializar um dos desfiles mais
belos da marca, com pencas de listras
em todas as formas, cores e tamanhos.
Um clima de festa em família italiana, à
beira-mar, como manda a etiqueta navy.
No décor, a metáfora é a mesma: o bom
e velho padrão de cor sim, cor não, cai
bem em qualquer estilo. KAZA pinçou
algumas versões da modinha eterna, que
ainda promete sacudir muitos verões.
Dolce&Gabbana, verão 2013
Por André Rodrigues
6
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1
t By Kamy, Breton e Casual
Foto luminária Thiago mangialardo
KAZA JAneiro 2014 33
DoSe DupLA
1. Luminária Tereza,
tela de plástico, design
Maurício Arruda,
mauricioarruda.net
2. Pufe grande de
algodão misto, 6f,
esthergiobbi.com.br
3. Pratos de
porcelana listrados,
tokstok.com.br
4. Poltrona Artesania,
lojateo.com.br
5. Coleção Híbridos,
design Jose Marton,
alledesign.com.br
6. La Mamma Chair,
design Gaetano Pesce
para B&B Italia,
casualmoveis.com.br
7. Apoio de talheres de
porcelana pintada,
Richards Casa,
galerianacional.com.br
8. Pendente Aunt
Jane, design Marc
Sadler, Serralunga,
mixtapedesign.com.br
9. Sofá EJ 315, design
Erik Jorgensen,
danishdesign.com.br
10. Pote de cerâmica,
breton.com.br
11. Linha de utensílios
Mormor, de porcelana,
scandinavia-designs.com
12. Tapete Kilim Stripes
Blue, bykamy.com.br
13. Luminária Disco,
emporiovermeil.com.br
14. Luminária Shogun
Tavolo, design Mario
Botta, wallamps.com.br
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Dolce&Gabbana, verão 2013
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Dolce&Gabbana, verão 2013