entrevista ELAINE BINOTTO KAVAI
despertando
gigantes
Coaching (treinamento em Inglês) é um conceito inspirado no esporte - e incorporado ao meio empresarial
- que consiste em buscar a superação de limites e manter o foco nos objetivos para realizá-los plenamente.
Nesta entrevista à KAZA ESPAÇOS CORPORATIVOS, a coach e conferencista Elaine Binotto Kavai abre o
“jogo” e revela como o treinamento tem ajudado muitos profissionais que exercem alguma forma de liderança
a trilhar o caminho do sucesso
No que consiste o trabalho de uma coach, como você?
No meu caso, atuo como coach especializada em
aconselhamento profissional para executivos e profissionais
liberais, entre outros. Oriento o cliente no estabelecimento
de metas e no desenvolvimento das competências,
ampliando padrões de excelência e demais
condições necessárias para realizar seus objetivos.
Do ponto de vista do desempenho, o cliente torna-se
mais assertivo, passa a ter maior controle emocional
e melhora a qualidade de suas relações interpessoais
e o seu modo de liderar. Ele conquista um estado de
paz permanente e irreversível que possibilita realizar
tarefas importantes com o menor desgaste emocional
possível, ou seja, sem sofrimento. O coach também
pode agir na gestão de conflitos e de mudanças, retenção
de talentos e qualificação das equipes.
O que explica o sucesso do coach atualmente?
São os resultados alcançados pelo cliente. Cito o caso
de uma superintendente da Lopes Consultoria de Imóveis.
Quando iniciamos o processo de coaching, ela
ocupava uma das últimas posições em um ranking com
mais de 50 equipes. Três meses depois, em outubro de
2008, seu time tinha alcançado o 4º lugar nas vendas
do mês. E o bom resultado se repetiu em novembro.
Qual é o perfil de quem contrata esse serviço?
O coaching é indicado para todo profissional que
pretende desenvolver-se exponencialmente na busca
de soluções e superação de seus limites, em especial
àqueles que exercem alguma forma de liderança,
como CEOs, diretores, superintendentes e autônomos.
Normalmente o coaching ocorre de maneira individualizada,
no entanto, dependendo da proposta a
ser alcançada, o coach pode trabalhar com pequenos
grupos a fim de balizar suas decisões. Os encontros
de uma hora, em média, são semanais, com intervalos
menores em casos especiais, como um grande projeto
atrelado a um cronograma apertado; uma situação
de crise na empresa; desenvolvimento e implantação
de um novo negócio, entre outros em que o controle
emocional será determinante para o sucesso da meta
proposta, sempre aliado ao aprimoramento das capacidades
do indivíduo.
www.kazaespacoscorporativos.com.br
10
Elaine Binotto Kavai,
com ampla experiência
na área de educação,
conta que ‘descobriuse’
coach assim que
tomou conhecimento da
profissão. Há três anos
ela atende profissionais
de diversas áreas
A coach, durante
palestra sobre
Gestão de
Mudanças
Como deve ser a relação do líder com os seus liderados?
Delegar é dar poder. Muitas vezes o líder é centralizador
por insegurança. Meu conselho: tenha colaboradores
“poderosos”, competentes, melhores do que você.
Um líder não precisa se envolver diretamente com tudo,
mas necessita liderar com sabedoria, paciência e assertividade.
Assim, criam-se as condições necessárias para
o surgimento de soluções que ele mesmo nunca tinha
pensado antes. O excesso de controle sufoca os talentos
da empresa. O papel dele é liderar bem para produzir
bons resultados, o que implica em aperfeiçoar a sua
maneira de fazer a gestão de pessoas.
O que é preciso para manter o foco nos objetivos?
São muitos os fatores que podem desfocar uma pessoa
do seu objetivo e isso é comum. Muitas vezes, diante de
uma dificuldade, ela permanece numa zona nebulosa de
estresse, ativada mais pela sua ansiedade, o que a faz
desfocar e perder a real dimensão de cada situação.
Como não cair na armadilha da ansiedade?
Procuro estimular no cliente o que chamo de “visão de
águia”, ou seja, a capacidade de enxergar a dimensão
exata de cada situação. Com isso, ele passa a ter uma
atitude mais equilibrada diante de tantas pressões.
Para entender melhor, proponho ao leitor um exercício.
Pegue esta revista que você está lendo e encoste-a
em seu nariz. Você observará que não é possível ler
coisa alguma, muito menos perceber o seu tamanho
exato. Ao distanciar-se, você passa a enxergá-la por
inteiro. Na próxima vez que passar um furacão em sua
empresa, experimente adotar um olhar distanciado.
Pode ser apenas uma brisa leve. E se vier um furacão
de verdade, você não estará esgotado por ter tratado
problemas menores como se fossem grandes.
Como lidar com a fofoca no ambiente corporativo?
Qualquer profissional que se destaque entre os colegas,
geralmente é alvo de fofocas. Eu digo aos meus
clientes que a fofoca desfoca. Acredito que o profissional
não deve pôr foco nesse fato, pois temos leis naturais
que expandem tudo em que colocamos a nossa
atenção. Assim, quanto mais ouvidos e olhos desviarmos
para situações assim, mais elas crescerão. Depois
11