Edição 81 - Ano 8
Revista Kaza
o melhor da
alameda das espatódeas
arte e banho, Salvador, BA, (71) 3272 9177
bagdá tapetes, Salvador, BA, (71) 3342 4006
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Edição 81 - Ano 8
Revista Kaza
203
retrato do artista
O senhor das cunhãs
Ele cria sem grandes projetos nem desenhos. Coloca-se simplesmente à disposição da argila, entrega-se e vê frutificar de suas mãos figuras – quase sempre femininas – de forte teor primitivo, muitas de grande porte, reveladas pelas linhas puras de uma intrigante linguagem contemporânea.
Uma arte fértil, nascida “de uma memória ancestral que Dalcir modela e (re)apresenta”, como já definiu o professor doutor de Semiótica e Estética, Wellington Jr.
Há pelo menos 35 anos Dalcir Ramiro, o Cizinho, trabalha a cerâmica. Mais que isso, ele vive cerâmica. E no seu moldar, o barro dialoga sem rodeios nem receios com emoções primitivas, mergulhado em liberdade e respeito no arquétipo que o leva ao princípio de tudo: a Mãe Terra, traduzida em mulheres-deusas, cunhãs do tupi ku’ñã e que o dicionário define como “mulher, mulher indígena”, “esposa ou companheira de índio, caboclo ou homem branco”.
O primeiro contato com a argila aconteceu nos anos 70, com as antigas paneleiras de Cunha, interior de São Paulo, cidade que já foi núcleo indígena de cerâmica, referência no país em cerâmica de alta temperatura.
“Aquela experiência despertou em mim a emoção da criação e do
Em intenso diálogo com a tradição e o mítico, a escultura de Dalcir Ramiro surpreende pelo vigor contemporâneo da forma e da expressividade.
Foto: Giancarlo Mecarelli