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Esta casa, localizada na China, foi construída de partes recuperadas do galpão original cujo telhado desabou. O local era extremamente apertado com muros dos três lados e com um lado voltado para um espaço aberto que contém uma piscina. A área era ainda mais restringida por uma árvore anciã. O projeto tenta incorporar harmonia através da integração de fechamentos e aberturas, espaço agradável e lógica construtiva e outras relações complicadas.

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A construção reage ao ambiente do local; a disposição da planta é um quadrilátero, maximizando assim a quantidade de espaço. É dividido em três partes. Uma área coberta pública no nível térreo e uma biblioteca no primeiro nível onde uma varanda triangular se estende em torno da árvore existente. Há ainda espaços mais privados como uma sala de estar, uma sala de leitura e um ambiente de serviço que são dispostos no fundo da construção; um espaço de transição agradável foi criado para conectar o espaço público aos espaços privados.

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O espaço de transição foi projetado em torno de uma caixa de escada hexagonal não-linear que liga as áreas funcionais. A escada resolve a questão do deslocamento vertical entre a casa de chá e a biblioteca, proporcionado um pátio interno próximo da sala de leitura com vista para a árvore existente. O espaço foi desenhado para causar uma nova experiência em um ambiente funcional ordinário. O espaço linear repentinamente se transforma em uma forma expressiva, surgindo da casa de chá e, então, tornado em um espaço tranquilo para a biblioteca no piso acima, convertendo a sala de leitura em um espaço especial para se sentar.

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O espaçamento foi definido para a dimensão da madeira, assim o “estabelecimento” digital poderia ser facilmente traduzido em uma forma que pudesse ser manualmente construída. Uma estrutura de madeira de 1:1 foi produzida seguindo a mesma lógica do modelo digital; uma persiana de madeira subdividida cobriu esta estrutura para criar a fôrma curva. A fôrma foi construída através de uma série de camadas inferiores e superiores de acordo com a sequência da construção. A moldagem foi quase a mesma da moldagem comum de concreto, reforçada com barras seguidas de linhas retas da superfície grelhada.

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A moldagem de concreto após as barras de reforço foi concluída por trabalho manual e o efeito físico final foi atingido. As marcas da fôrma de madeira permaneceram impressas sobre o concreto curado após a construção, com as qualidades dos defeitos como as bolhas, falhas de adesivos e exposição das barras de reforço presentes devido ao manual de construção – defeitos, porém, que são obscurecidos pela forma única curva. Apesar de haver erros na fôrma, planejar e moldar manualmente a combinação do projeto digital e as técnicas arcaicas de construção promoveu uma grande oportunidade de se estudar as possibilidades da arquitetura digital.

fonte: archdaily