retrato do artista
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Em jogo de luz e sombras, o artista chileno
Enrique Rodríguez reverencia a tradição artesanal
do papel com sua arte tridimensional, cada vez
mais presente em espaços corporativos, feiras
internacionais e mostras de decoração.
Acima, painéis orgânicos inspirados na flora,
que podem receber iluminação. Ao lado, obras
de Enrique em seu amplo ateliê em São Paulo.
Nascido no Chile e vivendo em São Paulo desde 1992, Enrique Rodríguez é, antes de tudo, um
apaixonado pelo papel. Faz dele sua matéria-prima de excelência para um trabalho artístico sofisticado,
que implica em verdadeiras construções, fruto, certamente, de sua formação em Arquitetura
e Desenho Industrial. Mas sua obra tem ainda raízes na admiração do artista pela ópera, pela arquitetura,
pela natureza e pelo vaivém por cidades que não cansa de visitar em suas viagens. “Meu
trabalho com luz vem do amor pelo teatro, magnífico em todas as suas manifestações artísticas”,
confessa Enrique, que já foi designer de iluminação em São Paulo e que persegue a luz em cada
uma de suas criações.
Estilos e movimentos como o art nouveau, a Bauhaus e abordagens construtivistas modernas foram
decisivos para certas características da sua linguagem – como as formas geométricas e a transparência,
quase sempre ressaltada pelo uso do branco sobre fundo branco ou em composição de
cores. Por que tanta cor? “Basta olhar para a minha vida hoje: vivo neste país tropical colorido”,